sexta-feira, 26 de março de 2010

Fonte das Lágrimas


A tradição e a literatura associam fortemente a história de Pedro e Inês à Quinta das Lágrimas. Conta-se que a quinta foi cenário dos amores proibidos do príncipe D. Pedro (futuro Pedro I de Portugal) e Inês de Castro. D. Inês terminou assassinada por fidalgos a quem o rei Afonso IV ordenara a sua morte. As lágrimas então derramadas por Inês e pelo povo em sua memória inspiraram Luís de Camões a criar o nome de Fonte das Lágrimas e muitos outros escritores a consagrar o amor eterno de Pedro e Inês.

"As filhas do Mondego, a morte escura
Longo tempo chorando memoraram
E por memória eterna em fonte pura
As Lágrimas choradas transformaram
O nome lhe puseram que ainda dura
Dos amores de Inês que ali passaram
Vede que fresca fonte rega as flores
Que as Lágrimas são água e o nome amores"

Os Lusíadas, canto III.

Quinta das Lágrimas


A Quinta das Lágrimas é uma quinta situada na margem esquerda do Mondego, na frequesia de Santa Clara, em Coimbra, Portugal. A quinta ocupa uma área de 18,3 ha ao redor de um palácio do século XIX dedicado actualmente a hotelaria de luxo.

No exuberante jardim encontram-se duas fontes históricas, a Fonte dos Amores e a Fonte das Lágrimas. A quinta e as fontes são célebres por terem sido cenário dos amores proibidos do príncipe D. Pedro (futuro Pedro I de Portugal) e da fidalga Inês de Castro, tema de inúmeras obras de arte ao longo dos séculos.

Túmulos cheios de arte

Aqui estão os túulos de D. Pedro e D. Inês de Castro, assim como as informações que se podiam ler nas placas informativas do Mosteiro de Alcobaça:




Túmulo de D. Pedro
A arca tumular narra a vida de S. Bartolomeu, seu santo protector. Uma representação da Roda da Vida simboliza a sua própria história e o seu amor por Inês de Castro.

Túmulo de D. Inês
O túmulo tem representadas cenas da vida e morte de Cristo, em analogia com a que foi a sua vida. O Juízo Final sela a narrativa com a salvação dos inocentes e a condenação dos culpados.

Mosteiro de Alcobaça


O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, onde estão os túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro, também conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça ou mais simplesmente como Mosteiro de Alcobaça, é a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português. Foi começado em 1178 pelos monges de Cister. Está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO e como Monumento Nacional, desde 1910, IPPAR. Em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal. Em 1834 os monjes foram obrigados a abandonar o mosteiro, na sequência da expulsão de todas as ordens religiosas de Portugal por Joaquim António de Aguiar, um inimigo da Igreja.

Mosteiro de Santa Clara-a-velha


Fundado em 1283, pela Abadessa D. Mor Dias, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha foi entregue às freiras clarissas pouco depois. Dona Isabel de Aragão, a Rainha Santa Isabel, interessou-se pelo convento e mandou construir uma nova igreja, em estilo gótico, que foi consagrada em 1330.

O lugar onde o convento foi construído revelou-se uma má escolha, devido às inundações provocadas pelo Rio Mondego. O velho convento foi abandonado em 1677 e as freiras mudaram-se para um novo edifício, construído num lugar mais elevado.


Se estiveres interessado em visitar, aqui tens algumas informações que talvez possam ser úteis:

Audioguias - Disponíveis em 4 línguas: Português, Inglês, Francês e Espanhol (aluguer € 1,5)
Visitas guiadas – conforme disponibilidade dos recursos humanos (devem ser marcadas com antecedência).

Nota: Monumento Nacional. Sítio Arqueológico (Séculos XIV-XVII). Centro Interpretativo. Engloba visita à ruína, exposição de espólio arqueológico conventual, exibição de filmes e modelação virtual. Visitas orientadas. Loja e cafetaria com esplanada. Acesso para deficientes motores.

Horário
Maio a Setembro: 10h-19h (última entrada 18h15)
Outubro a Abril: 10h-17h (última entrada 16h30)

Encerra 2ª, 1 Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 Maio e 25 Dezembro
Bilhete individual – € 5
Bilhete de grupos – € 3 por pessoa (mín 10/ max. 25)
Estudantes/ 3ª Idade – € 2,50 por pessoa
Até 10 anos - gratuito
Acompanhantes dos grupos referidos no n.º anterior (professores e assistentes sociais), bem como funcionários do Ministério da Cultura devidamente credenciados - . gratuito


Autocarro: 6, 14, 14T, 20, 31

Visita de Estudo a Coimbra

No dia 26 de Novembro deste ano lectivo, fomos em Visita de Estudo a Coimbra, para que pudéssemos conhecer e ver alguns dos locais mais relevantes na história de D. Pedro e D. Inês de Castro e pudéssemos tirar apontamnetos e fotografias para este mesmo blog.

Por isso, a partir deste post, vamos expôr algumas delas e explicar qual o seu significado nesta história.

Pequena Biografia de D. Pedro


E já agora, conheçamos também um pouco da vida de D. Pedro...
(clica na imagem para ampliares)

D. Pedro I de Portugal (Coimbra, 8 de Abril de 1320 - Estremoz, 18 de Janeiro de 1367) foi o oitavo Rei de Portugal. Mereceu os cognomes de O Justiceiro (também O Cruel, O Cru ou O Vingativo), pela energia posta em vingar o assassínio de Inês de Castro, ou de O-Até-ao-Fim-do-Mundo-Apaixonado, pela afeição que dedicou àquela dama galega. Era filho do rei Afonso IV e sua mulher, a princesa Beatriz de Castela. Pedro I sucedeu a seu pai em 1357.

Pedro é conhecido pela sua relação com Inês de Castro, a aia galega da sua mulher Constança, que influenciou fortemente a política interna de Portugal no reinado de Afonso IV. Inês acabou assassinada por ordens do rei em 1355, mas isso não trouxe Pedro de volta à influência paterna. Bem antes pelo contrário, entre 1355 e a sua ascensão à coroa, Pedro revoltou-se contra o pai pelo menos duas vezes e nunca lhe perdoou o assassinato de Inês. Uma vez coroado rei, em 1357, Pedro anunciou o casamento com Inês, realizado em segredo antes da sua morte, e a sua intenção de a ver lembrada como Rainha de Portugal.

Este facto baseia-se apenas na palavra do Rei, uma vez que não existem registos de tal união. Dois dos assassinos de Inês foram capturados e executados (Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves) com uma brutalidade tal (a um foi arrancado o coração pelo peito, e a outro pelas costas), que lhe valeram os epítetos supramencionados.
Túmulo de D. Pedro I no mosteiro de Alcobaça

Conta também a tradição que Pedro teria feito desenterrar o corpo da amada, coroando-o como Rainha de Portugal, e obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte. De seguida, ordenou a execução de dois túmulos (verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal), os quais foram colocados nas naves laterais do mosteiro de Alcobaça para que, no dia do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados, de imediato se vejam...

Como rei, Pedro revelou-se um bom administrador, corajoso na defesa do país contra a influência papal (foi ele que promulgou o famoso Beneplácito Régio, que impedia a livre circulação de documentos eclesiásticos no País sem a sua autorização expressa), e justo na defesa das camadas menos favorecidas da população. Na política externa, Pedro participou ao lado de Aragão na invasão de Castela.

D. Pedro reinou durante dez anos, conseguindo ser extremamente popular, ao ponto de dizerem as gentes «que taaes dez annos nunca ouve em Purtugal como estes que reinara elRei Dom Pedro».

Jaz no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.

Fonte: wikipedia